jan
2021
Detetive particular e a ética na investigação
Para nos aprofundarmos na relação entre o detetive particular e a ética na investigação, é necessário esclarecer alguns pontos. Vamos a eles:
Investigar é crime?
Definitivamente não. Caso fosse contra a lei, a Polícia e o Mistério Público não poderiam investigar.
Mas é preciso estarmos atentos às definições de investigação que estão a nossa volta. É comum quando pensamos em investigadores, lembrarmos de personagens como James Bond ou Sherlock Holmes. Aí começa o erro, pois estes são apenas personagens de ficção que estão longe da realidade de um detetive particular. Estes personagens estão mais para espiões e espionagem, sim, é crime.
Agora você pode estar se perguntando: então, o que é investigar?
Resumidamente, trata-se de levantar dados, informações, provas. A lei 13432/17 traz uma definição que ajuda a esclarecer o que é investigar: “… considera-se detetive particular o profissional que … planeje e execute coleta de dados e informações de natureza não criminal, com conhecimento técnico e utilizando recursos e meios tecnológicos permitidos, visando ao esclarecimento de assuntos de interesse privado do contratante. ”
Agora que já entendemos um pouco do que é investigação, que investigar não é ilegal, e que devemos separar ficção da realidade. Precisamos destacar que, o fato da investigação ser legal não é sinônimo de ser ética.
O tema detetive particular e a ética na investigação é complexo, o investigador precisa estar atento aos limites impostos pela lei e respeitar os limites éticos da profissão.
São comuns os contatos de potenciais clientes, solicitando serviços com procedimentos ou finalidades duvidosas. Nesta hora, cabe ao bom profissional zelar pela profissão e não realizar nada ilegal ou imoral. Nestes casos, aproveitamos para orientar a pessoa para um caminho melhor.