20
jan
2021

Detetive particular e a ética na investigação

Livro escrito ética em sua lateral com a balança da justiça em cima

Para nos aprofundarmos na relação entre o detetive particular e a ética na investigação, é necessário esclarecer alguns pontos. Vamos a eles:

Investigar é crime?

Definitivamente não. Caso fosse contra a lei, a Polícia e o Mistério Público não poderiam investigar.

Mas é preciso estarmos atentos às definições de investigação que estão a nossa volta. É comum quando pensamos em investigadores, lembrarmos de personagens como James Bond ou Sherlock Holmes. Aí começa o erro, pois estes são apenas personagens de ficção que estão longe da realidade de um detetive particular. Estes personagens estão mais para espiões e espionagem, sim, é crime. 

Agora você pode estar se perguntando: então, o que é investigar?

Resumidamente, trata-se de levantar dados, informações, provas. A lei 13432/17 traz uma definição que ajuda a esclarecer o que é investigar: “… considera-se detetive particular o profissional que … planeje e execute coleta de dados e informações de natureza não criminal, com conhecimento técnico e utilizando recursos e meios tecnológicos permitidos, visando ao esclarecimento de assuntos de interesse privado do contratante. ”

Agora que já entendemos um pouco do que é investigação, que investigar não é ilegal, e que devemos separar ficção da realidade. Precisamos destacar que, o fato da investigação ser legal não é sinônimo de ser ética.

O tema detetive particular e a ética na investigação é complexo, o investigador precisa estar atento aos limites impostos pela lei e respeitar os limites éticos da profissão.

São comuns os contatos de potenciais clientes, solicitando serviços com procedimentos ou finalidades duvidosas. Nesta hora, cabe ao bom profissional zelar pela profissão e não realizar nada ilegal ou imoral. Nestes casos, aproveitamos para orientar a pessoa para um caminho melhor.