25
nov
2019

Profissionalização da investigação particular

Imagem de um homem mostrando uma placa com os dizeres

Vale recordar que no Brasil a investigação privada existe legalmente desde 1957, data da Lei 3099/57 e o decreto 50.532/61. Desde então, detetives particulares trabalham pelos quatro cantos do país; a questão é que cada investigador realizava o trabalho do seu jeito, sem qualquer tipo de padrão, sem nenhum tipo de controle.

Em abril de 2017, foi aprovada a Lei 13432/17, finalmente com a aprovação do texto surgem alguns padrões que devem ser seguidos por detetives particulares; começa então o processo de profissionalização da investigação particular.

Vejamos alguns destaques da Lei 13432/17:

  • 2º Para os fins desta Lei, considera-se detetive particular o profissional que, habitualmente, por conta própria ou na forma de sociedade civil ou empresarial, planeje e execute coleta de dados e informações de natureza não criminal, com conhecimento técnico e utilizando recursos e meios tecnológicos permitidos, visando ao esclarecimento de assuntos de interesse privado do contratante.
  • 5º O detetive particular pode colaborar com investigação policial em curso, desde que expressamente autorizado pelo contratante.
  • Parágrafo único. O aceite da colaboração ficará a critério do delegado de polícia, que poderá admiti-la ou rejeitá-la a qualquer tempo.
  • 6º Em razão da natureza reservada de suas atividades, o detetive particular, no desempenho da profissão, deve agir com técnica, legalidade, honestidade, discrição, zelo e apreço pela verdade.
  • 7º O detetive particular é obrigado a registrar em instrumento escrito a prestação de seus serviços.

É fato que a legislação vai precisar de muitos ajustes ainda, mas foi sem dúvida um avanço. A contar de abril de 2017, os investigadores privados passam a ter alguns direitos e obrigações.

O mercado de inteligência privada decolou com a aprovação da lei, surgiram cursos e profissionais das mais diversas qualidades e nos mais diversos locais. A oportunidade atraiu algumas pessoas preparadas e com formação que agregaram qualidade ao setor.

Com a concorrência qualificada e acirrada o mercado de investigação não deixa espaço para amadores; agências e detetives autônomos passam a buscar profissionalização da investigação particular. A qualidade do serviço deixou de ser um diferencial, passando a ser um pré-requisito. Esse processo de profissionalização do setor permeia por diversos fatores.

Vejamos dois destes fatores que merecem destaque.

Formação

Um bom detetive particular tem amplos conhecimentos gerais e não para de estudar. Após a provação da legislação em 2017, com o aquecimento do negócio, essa necessidade ficou mais evidente. Surgiram cursos pelo Brasil todo e são inúmeras as oportunidades de contato com a teoria e a prática da investigação privada.

A Agência Ferreira Detetive Particular entende que a profissionalização da investigação particular é necessária. Buscamos aprimoramento contínuo, por meio de cursos e treinamentos. Temos a grata satisfação de estar entre os primeiros alunos do curso superior de investigação privada, disponibilizado pelo Centro Universitário Uninter. O curso tecnólogo é pioneiro e aborda questões práticas e teóricas inerentes a investigação particular, perícia forense, legislação, e muitos outros temas que contribuem para a consolidação dos resultados de qualidade que almejamos.

Equipamentos

A tecnologia vem evoluindo a cada dia, o melhor aparelho de hoje já não é o melhor amanhã. Os celulares são um exemplo dessa evolução e a internet acompanha esse ritmo frenético. Este aprimoramento tecnológico chegou à investigação privada com força, são inúmeras as tecnologias disponíveis.

O bom profissional de inteligência privada permanece atento às novidades. As tecnologias de Israel merecem destaque, assim como os aparelhos reduzidos vindos da China. Diferente dos detetives de antigamente, hoje uma investigação profissional depende muito de equipamentos.

Os exemplos citados anteriormente são apenas dois dos muitos que poderíamos trazer para este artigo, como o networking e a experiência em campo. Independente dos fatores que podem ser considerados como parte da profissionalização ou evolução da investigação particular, é certo que todos ganham com esse quadro, mas principalmente o cliente.

Temos um compromisso com nossa evolução profissional, a fim de agregar os melhores diferencias aos nossos serviços.